Quem passeia por Londres nem sempre entende bem a lógica de tarifas de transporte público e/ou quais as opções disponíveis na cidade.
Apesar de ser uma metrópole muito bem conectada e com serviços que funcionam satisfatoriamente, o grande número de meios de transporte, os tipos de tarifação e a possibilidade de integração pode deixar até mesmo os residentes um pouco perdidos.
No texto de hoje, quero te ajudar a entender melhor sobre o tema.
Quem administra a rede?
No ano 2000, a Transport for London (TfL) foi criada, com o intuito de administrar todo o transporte público na cidade. A partir daí, pouco a pouco a entidade foi incorporando outras empresas e órgãos gestores de cada modal de transporte.
Quais os meios de transporte?

Primeiramente, é bom compreender que a capital do Reino Unido oferece, de uma forma geral, as seguintes opções:
- Metrô: conhecido por aqui como Tube ou Underground, é o mesmo tipo de trem subterrâneo que a gente está acostumado a ver em algumas capitais do Brasil. Em Londres, é dividido por linhas que possuem nomes e cores específicos, como Picadilly (azul escuro), Victoria (azul claro), Circle (amarelo), etc.
- Overground: similar ao metrô, mas seus trens geralmente andam sobre a superfície. Possui diferentes trajetos, mas sem diferenciação por cores.
- Tram: um tipo de “bonde” (ou elétrico, como dizem em Portugal). Sua malha é bem menor do que aquelas do Underground e do Overground.
- Ônibus: famosos por sua cor vermelha, em muitas linhas são do tipo double decker (dois decks, ou “andares”).
- DLR: Docklands Light Railway (DLR) são trens suspensos leves que circulam na região de Docklands, em Londres. A região tem seu nome por ser uma área onde barcos vindo pelo rio Tâmisa se atracavam.
- Trem metropolitano: trens normais de superfície, distribuídos em duas rotas principais, uma delas envolvendo o Aeroporto Heathrow em Londres. Nomeados pela empresa gestora de transportes na cidade como TfL Rail.
- National Rail: similares ao TfL Rail, mas geridos pela National Rail, que também cuida das demais ferrovias do Reino Unido.
- Barcos: como os demais modais de transporte, barcos atendem diversas rotas, neste caso utilizando o rio Tâmisa (ou rio Thames) como via de transporte.
Como são calculadas as tarifas no transporte?
Como citei no texto sobre travelcard, Londres é dividida em zonas de tarifação.
De uma forma simples, as zonas podem ser entendidas como anéis partindo do centro da cidade (Central London) e indo até regiões mais distantes. No caso da capital britânica, as zonas vão de 1 a 9.
Como informado no site da TfL, as regras de zoneamento se aplicam da seguinte forma:
- Metrô, DLR, Overground e National Rail são divididos em zonas de cobrança.
- A maioria dos serviços opera nas zonas de 1 a 6.
- Metrô, National Rail e Overground atendem ainda zonas de 7 a 9.
- Para os serviços já citados, você deve ter bilhete (ou crédito) que cubra as zonas transitadas.
- Ônibus não operam baseados em zonas, cobrando tarifa fixa independente da distância percorrida (em janeiro de 2020, 1,50 libra).
- Se alguém adquirir travelcard que inclua zonas 3, 4, 5 ou 6, também pode utilizar o tram livremente.

Como pode-se ver acima na pequena parte extraída do mapa de transporte da cidade, as áreas começam do centro de Londres e seguem até áreas mais distantes, indo de 0 a 9. Para o mapa completo, recomendo acessar o site da entidade.
Como saber o valor da tarifa?
Na página Find fares (descubra as tarifas) da TfL, é relativamente fácil calcular o quanto será cobrado entre dois trechos, dependendo do meio de transporte utilizado.
Entre os blocos disponíveis, clique naquele correspondente ao meio de transporte a ser utilizado, dividido por idade (crianças, por exemplo, não pagam ônibus e tram).
No caso de trens e metrô, que seguem a lógica de zonas de tarifa, basta informar a estação de origem e destino para saber o valor, também dividido por idade.
O Oyster card e os cartões contactless possuem limites diários e semanais de cobrança. Depois que você atinge este valor, a cobrança entre as mesmas zonas deixa de ser feita dentro do período de tempo respectivo. Para o valor exato, acesse esta página.
Em um texto futuro, falarei sobre o Oyster card. Fique de olho!
Dica extra: como planejar rotas
Para decidir o meio de transporte mais rápido ou conveniente para chegar ao meu destino, no dia a dia, uso dois aplicativos:
- Google Maps: disponível no site ou em aplicativos para Android e iOS (iPhone/iPad), oferece informações bem completas sobre transporte público em Londres.
- Citymapper (meu preferido): também em site ou aplicativos, a empresa tem sede em Londres e oferece um nível de detalhes que as demais aplicações não conseguem.
E por hoje é só…
Ficou com alguma dúvida? Escreva nos comentários que eu tentarei te ajudar.
Arrivederci! 🙂