Olá! Hoje chegamos à última parada da nossa viagem à Itália: Veneza.
O bilhete de Firenze SMN até Venezia Mestre custou € 49,00, pela Italo Treno (primeira classe). A viagem foi tranquila e confortável. No meio do caminho, um dos funcionários percebeu que falávamos em português e, com toda cordialidade, perguntou se éramos brasileiros e de onde éramos. Apesar de algum sotaque, ele falava perfeitamente em português.
Chegando à estação Venezia Mestre, seguimos rumo ao hotel. Ficamos no Hotel Villa Adele. Muito bom! O único problema que tivemos foi com o Wi-Fi, que não funcionou. Procurando informações para citá-lo aqui no blog, porém, vi que eles aparentemente encerraram suas atividades. No site, eles indicam agora o Hotel AutoEspresso. Pelo que fiquei sabendo, o pessoal que gerenciava o Villa Adele se mudou para o AutoEspresso, que fica ainda mais perto da estação de trem.
Mas voltando aos nossos dias na cidade… Depois de uma boa noite de sono, seguimos para o primeiro dia de passeio. O bilhete para Venezia Santa Lucia (a estação na parte das ilhas de Veneza) custou € 1,25 (cada).
Saindo da estação, a vista do Canal Grande é maravilhosa. Perto dali, a Ponte degli Scalzi nos dava acesso aos primeiros locais que visitaríamos. Logo após atravessar a ponte, temos de cara a Chiesa di San Simeone Piccolo (em alguns locais, chamada de San Simeon Piccolo). Apesar de pequena, a igreja é uma graça.
Um pouco adiante, passamos em frente à Scuola Grande di San Giovanni Evangelista, que fica no Campello San Giovanni. Há um arco muito bonito para entrar naquela área.
Perto desta região, no Campo San Polo, conferimos a Chiesa Rettoriale di San Polo. Os demais edifícios deste espaço são igualmente interessantes. Seguindo o percurso, passamos ainda por três igrejas: Basilica Santa Maria Gloriosa dei Frari, Chiesa di San Apollinare e Chiesa di San Silvestro.
Logo depois, porém, nosso primeiro ponto de parada principal chegou: Ponte di Rialto. A ponte mais famosa de Veneza é também a mais antiga, mas já foi reconstruída algumas vezes. A versão atual foi construída entre 1588 e 1591. Em uma das extremidades da ponte, ainda temos um espaço repleto de lojinhas, onde se localiza também a Chiesa di San Giacomo di Rialto.

Atravessando para o outro lado da ponte, paramos para comer no Ristorante al Ponte di Rialto, que oferece uma pizza gostosa a um preço razoável. Saindo dali, e passando por um café chamado Brasilia 😃, fomos conferir o Teatro La Fenice. Imponente, o teatro é palco de diversos espetáculos de ópera. Inaugurado em 1792, já sofreu dois grandes incêndios, que exigiram um imenso trabalho de reconstrução.
Continuamos o percurso e, a poucos metros dali, avistamos a majestosa Piazza San Marco. Ao redor dela, uma série de importantes pontos turísticos da cidade: Basilica di San Marco (conhecida por alguns como Duomo di Venezia), o Campanile, o Museo Archeologico Nazionale, o Palazzo Ducale e a Torre dell’Orologio.

Dá pra gastar bastante tempo ali! Uma coisa que me incomodou, porém, é a já conhecida presença além do suportável de pombos. Para piorar, as pessoas têm o hábito de alimentar os animais, mesmo sendo proibido.
Perto da piazza, já às margens do Canal Grande, há duas colunas imponentes e muito conhecidas. De um lado, o leão de São Marcos. Do outro, São Teodoro, que já foi padroeiro da cidade no passado. Há quem diga que as duas colunas (sem as estátuas) foram trazidas de Constantinopla (atual Istambul). Além destas peças, a basílica também teria sido “presenteada” com diversos itens provenientes dos saques executados durante as cruzadas da Igreja Católica. Como toda cidade possui suas superstições, há uma história de que cruzar a “linha” entre as duas colunas daria azar.
Os Giardini Reali, um dos raros pontos arborizados da cidade, ficam perto dali. Infelizmente, porém, os jardins estavam fechados para obras.
Saindo desta área, passamos pela Chiesa di San Fantin, pelo Teatro Comunale Carlo Galdoni, Basilica di Santa Maria dei Frari, Scuola Grande di San Rocco, Chiesa di San Rocco e Museo Leonardo da Vinci para finalizar os passeios do dia.
Após uma noite de merecido descanso, começamos o segundo dia por Veneza. O primeiro ponto de visitação foi a Galleria dell’Accademia e a Ponte dell’Accademia.
Seguindo adiante, passamos pela Chiesa di San Trovaso (também conhecida como Chiesa dei Santi Gervasio e Protasio). Nas redondezas, o Squero San Trovaso. Este squero é importantíssimo historicamente, já que é um dos últimos locais em Veneza onde se constrói e reforma barcos de madeira.

Próximo dali, a Chiesa di Santa Maria della Visitazione e a Chiesa Santa Maria del Rosario. Na vizinhança, a Chiesa di Sant’Agnese fica em uma área muito simpática.
Seguindo adiante, ainda conferimos o Palazzo Cini, a Chiesa di San Vio e a Chiesa Anglicana di Saint George.
Não distante dali, temos a Collezione Peggy Guggenhein, muito procurada pelos amantes da arte. Apesar de ter uma coleção tida como pequena, diz-se que possui peças bastante interessantes.
Seguindo o percurso do dia, passamos pela Chiesa di San Gregorio. Um pouco à frente, vimos a Basilica di Santa Maria della Salute, a Pinacoteca Manfrediniana e a Punta della Dogana. A Punta della Dogana fica em uma “península” linda e que oferece uma linda vista de canais e de algumas ilhas à frente.
Voltando daquele ponto, visitamos a Chiesa di San Vidal, a Chiesa di Santo Stefano e tomamos um gelato saborosíssimo na La Maison de la Crepe. Seguindo a sequência de igrejas, conferimos ainda a Chiesa S. Maria Nova, a Chiesa di Santa Maria dei Miracoli e a Basilica dei Santi Giovanni e Paolo. Perto dali, vimos ainda a Scuola Grande di San Marco.
Vista pelo outro lado do canal, a Galleria Giorgio Franchetti possui uma fachada lindíssima. Próximo dela, por conta da Bienal de Artes de Veneza, pudemos conferir a obra ”Support”, de Lorenzo Quinn. São duas enormes mãos brancas sustentando a fachada do Hotel Ca’ Sagredo. Elas simbolizam a proteção ao meio ambiente.

Para o fim do segundo dia, reservamos um pequeno passeio para compras. No primeiro dia, havíamos visitado a H&M para comprar algumas coisinhas. Para aquele dia, porém, pesquisamos se na cidade existia alguma filial da Pool & Bear e de outras lojas conhecidas. Descobrimos, então, que Mestre abriga o shopping Nave de Vero, com filiais de diversas lojas, entre elas Pool & bear, Alcott e OVS. Há linhas de ônibus que atendem o local, mas é bom ficar esperto. A linha que pegamos, por exemplo, tinha sua última viagem para poucos minutos após o fechamento do shopping.
Nosso terceiro dia começou na estação Venezia Santa Lucia, que por si só já possui algumas lojas bem bacanas. Compras feitas, seguimos até a área que vende bilhetes para os traghetti, embarcações de Veneza que funcionam como uma espécie de ônibus sobre as águas.
Por ali, compramos bilhetes para a primeira grande atração do dia: Murano. Os bilhetes da linha 3, que vai diretamente para Murano, custaram € 7,50 cada. Descemos do traghetto na parada “Museo del Vetro”.
Já no início, passamos pela Basilica dei Santi Maria e Donato. Seguindo o percurso, fomos visitar o Museo del Vetro. O ingresso custa € 10,00 e vale cada centesimo. A princípio, eu não dava muito pelo passeio, mas me surpreendi com a quantidade e a qualidade das peças expostas. De vasos, esculturas e trabalhos de diversos tipos, chegamos a uma das peças mais simpáticas do museu: uma miniatura de uma “praça”, toda feita com peças de vidro milimetricamente trabalhadas.


Saindo dali, fomos conferir a Osteria al Duomo. Os pratos pareciam ser maravilhosos, mas caímos na bobeira de provar logo um spaghetti alla carbonara. Não conhecíamos muito bem o preparo desta pasta e não conseguimos finalizar o prato. O paladar do ovo quase cru envolvendo a massa não caiu bem pra nós. Uma pena! Vale deixar claro, porém, que o espaço é aconchegante e oferecia muitos outros pratos. As pizzas, por exemplo, pareciam maravilhosas. A última atração de Murano foi o Palazzo da Mula, com uma fachada formidável.
O conjunto de ilhas que forma Murano é famoso pelos artesãos do vidro. Quando for comprar alguma peça, porém, avalie com calma e questione os vendedores. Há lindas peças artesanais, mas há também uma imensidão de cópias industriais. O preço da peça já dará uma boa dica da sua procedência.
Saindo dali, compramos os bilhetes para Burano, já com a volta para Veneza. Cada um custou € 15,00. A linha é a de número 12.

Chegando em Burano, famoso recanto de artistas da renda, fizemos uma caminhada pelas lojinhas e construções coloridas. Fomos em seguida até a Basilica di San Martino Vescova, que fica na Piazza Baldassare. Iríamos também ao Museu del Merletto, conhecido como o museu da renda, mas ele havia fechado pouco tempo antes.
Após fazer o percurso Burano-Venezia (linha 12), chegamos no hotel e começamos a triste tarefa de organizar as coisas para a viagem de volta ao Brasil, que se daria no dia seguinte.
Ao acordar no dia 01 de outubro, tomamos o café da manhã e voltamos para o quarto para nos arrumarmos e terminamos de fechar as malas. Saindo do hotel, fomos direto à estação Venezia Mestre. perto dela, há algumas paradas de ônibus com linhas para o aeroporto Marco Polo. Há duas opções: a ACTV, empresa que opera linhas de ônibus de Mestre e ATVO, empresa regional e que também oferece linha passando pelo aeroporto. O preço do bilhete para qualquer uma das empresas é de € 8,00.
Chegando ao aeroporto, começaram os trâmites habituais rumo ao Brasil.
Considerações
Veneza é uma cidade conhecida mundialmente, talvez entre as mais conhecidas da Itália, ao lado de Roma, Florença e Milão, apenas para citar algumas. Na noite em que voltávamos de Burano, parei um momento sentado nas escadarias da estação Venezia Santa Lucia e fiquei admirando o Canal Grande. As luzes de Veneza, as pessoas caminhando, os vendedores e todo o ar mágico do local me fizeram chorar por alguns minutos.
Foi a minha primeira vez fora do Brasil e não poderia ter sido melhor. O que mais me assustou é que eu me sentia em casa de tal maneira que se misturavam os sentimentos de saudades do Brasil, minha terra natal, e da Itália, pátria de alguns antepassados e também minha. Foi ali que confirmei que guardo ainda dentro de mim muito da terra dos pequenos agricultores que chegaram ao Brasil e iniciaram uma nova vida.
Na próxima postagem, farei um balanço de tudo que vivenciei neste lugar. Recomendo o passeio a todos que tiverem a oportunidade.
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Arrivederci! 🙂
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